PROFESSOR B. SÁ, AMIGO DE LONGA DATA

PERFIS

PROFESSOR B. SÁ, AMIGO DE LONGA DATA

Para mim, é um imenso prazer escrever a respeito do professor Benedito de Abreu Sá, para homenageá-lo por ocasião da publicação de sua Tese de Cátedra, intitulada Considerações sobre as Novas Teorias de Ácidos, Bases e Sais, defendida no Colégio Estadual “Paes de Carvalho” (CEPC), em 1947. Sou amigo do Professor B. Sá desde que comecei a lecionar nesse Colégio, em 1957.

Embora haja realizado o então Curso Científico no inesquecível CEPC, entre 1951 e 1953, não tive o privilégio de ser seu aluno em Química, ciência que ele ensinou desde 1938 até sua aposentadoria, em 1968, com grande assiduidade, senso de justiça e competência, conforme depoimentos dos alunos que com ele estudaram, bem como de colegas professores que também ministraram essa ciência. A propósito, fui aluno de Química dos saudosos e igualmente competentes professores, Benedito Cavaleiro de Macedo Klautau, em 1951 e 1952, e Henry Checrala Kayath, em 1953.

Creio ser oportuno registrar que o professor B. Sá entrou no CEPC como Regente de Química em 1 de abril de 1938. Em 19 de agosto de 1942 foi nomeado Preparador de Química-Padrão H. Voltou a ser nomeado Regente de Química, agora para turmas suplementares, em 31 de março de 1943. Em 9 de maio de 1944, foi nomeado Professor de Química-Padrão P, Quadro Único, em virtude da morte do então Professor Catedrático, Miguel Chicre Bitar. No ano seguinte, no dia 7 de abril, foi designado para lecionar Química no Curso Colegial Noturno. Apesar de haver defendido a Cátedra de Química em 1947, só em 10 de abril de 1950, foi nomeado Professor Catedrático de Química-Padrão P, Quadro Único. Por fim aposentou-se em 6 de setembro de 1968. Aproveito a oportunidade para agradecer à professora Jaciléia Paiva Leitão e à Sra. Deuzarina Cardoso de Castro, respectivamente, Diretora e Secretária do CEPC, pela consulta aos livros de assentamentos dos professores desse Colégio Público, que me permitiram obter as informações acima.

Na apresentação da Tese de Cátedra do professor B. Sá, incluído neste livro, José Raymundo Ribeiro Serra, professor aposentado de Química da Universidade Federal do Pará, destaca a atualidade e profundidade dos temas discutidos nessa Tese, assim como realça o papel desempenhado pelo professor B. Sá na formação de vários profissionais em Belém do Pará. Desse modo, neste artigo, vou apenas destacar alguns aspectos de seu pensamento político, de seu grande caráter (destacando-se sua probidade e seu grande sentido de amizade), e de sua conhecidíssima aversão a qualquer tipo de “brincadeira”, conforme salientou o professor Clodoaldo Fernando Ribeiro Beckmann, em sua manifestação, também contida neste livro.

Apesar de sua intransigente defesa do comunismo soviético, o professor B. Sá conseguia conviver com amigos que não compartilhavam dessa ideologia política, desde, é claro, que não “brincassem” com sua crença esquerdista. Assim é que, durante vários anos, ele e o Dr. Aracy Amazonas Barreto, ideologicamente antagônicos, partilharam o mesmo andar de um prédio na Rua Senador Manoel Barata (próximo da hoje Avenida Presidente Vargas), onde tinham as suas salas de trabalho, respectivamente, Laboratório de Análises Clínicas e Consultório Médico Oftalmológico. Eles nunca deixaram que esse antagonismo influenciasse na sua velha amizade. O mesmo acontecia também com sua amizade com o clã do famoso político Augusto Meira.

A simpatia pelo comunismo levou o professor B. Sá a manifestar seu apoio à vitória da Revolução Cubana de Fidel Castro, ocorrida em dezembro de 1958. Assim, sempre que essa Revolução era motivo de comentários nos minutos que antecediam o início do período vespertino (1 hora da tarde) das aulas que ministrávamos no CEPC, ele defendia ardorosamente a revolta cubana. Isso, contudo, dava motivos a muitas discussões. Certo dia, creio que em 1959, o professor B. Sá e eu estávamos com um grupo de professores, os falecidos Acy de Jesus Barros Pereira, Antônio Gondim Lins, seu filho José Constante Lins, Irawaldyr Waldner Moraes da Rocha e Pedro Amazonas Pedroso, discutindo a respeito do levante de Fidel. Como o professor Gondim (apelidado pelos alunos de “Cachorrão”) fizera um comentário depreciativo sobre Fidel e seus “barbudos”, o professor B. Sá, dirigiu-se a ele, dizendo-lhe: Olha, Gondim, eu só não te dou uma porrada porque és um velho decrépito. Em virtude do mal-estar gerado por essa frase, desci até a cantina onde já se encontravam o Irawaldyr e o José Lins, tomando café, pois haviam descido antes de a discussão acima referida engrossar. Entrei e, sem me dar conta da presença do filho do “Cachorrão”, disse ao saudoso e inesquecível amigo Irawaldyr: Ira, o B. Sá esculhambou o “Cachorrão” agora lá em cima. Ele olhou para mim, me apontou o José Lins, e deu uma risada tão grande que sujou todo o meu paletó com o café que ele estava bebendo. Fiquei chateado por haver cometido essa tremenda “gafe”, porém não podia fazer mais nada, a não ser pedir para a comadre da cantina que me emprestasse um pano úmido para eu limpar o meu paletó da golfada de café lançada pelo Irawaldyr.

Com a eclosão do Movimento Militar de 1964, cujo objetivo fundamental era, inicialmente, o de eliminar a “canalha comunista brasileira”, nós, amigos (esquerdistas ou não) do professor B. Sá ficamos temerosos com que lhe poderia acontecer, em virtude de sua manifesta posição comunista. Contudo, a sua probidade, aliada ao seu extremo sentido de amizade (já por mim salientados), foram, em meu entendimento, o que levou os dois principais líderes militares daquele Movimento, em Belém do Pará, o Tenente-Coronel Jarbas Gonçalves Passarinho e o Major Alacid da Silva Nunes, a impedir que esse professor fosse molestado, com prisão ou mesmo com qualquer tipo de constrangimento relacionado a sua liberdade (como aconteceu com outros brasileiros), em decorrência da “caça aos comunistas” que foi deflagrada, em todo o Brasil, a partir de 31 de março de 1964.

A grande generosidade do professor B. Sá para com seus amigos, às vezes, se tornava extremamente excessiva, a ponto de preocupá-los. Vou relatar algumas dessas preocupações. Casei-me, em 1962, com Célia, filha do saudoso escritor Machado Coelho, que era amigo do B. Sá, desde que se conheceram, na década de 1930, em Teresina, capital do Piauí, terra natal do professor B. Sá e do pai de meu sogro. Pois bem, Célia e eu, fizemos, grátis, os exames pré-nupciais em seu Laboratório de Análises. Ao examinar o sangue da Célia, B. Sá encontrou uma célula atípica, conforme me relatou. Eu, bastante preocupado com essa informação e antes de falar com ela, fui ao saudoso Dr. Adriano Moutinho Pereira Guimarães, médico e amigo íntimo da família Machado Coelho há vários anos. Ele foi falar com o professor B. Sá, que é farmacêutico e, juntos, concluíram que se tratava apenas de uma anemia aguda, mas não preocupante. Aliás, creio ser oportuno relatar uma “gafe” imperdoável que cometemos, Célia e eu, por ocasião de nosso casamento, no dia 6 de outubro de 1962. Esquecemos de convidar o professor B. Sá para a cerimônia civil-religiosa, na Igreja de Santana, e para a recepção que aconteceu na casa de meu sogro, na Praça da República (Assis de Vasconcelos). Estavam lá todos os amigos da família dos noivos, menos o grande amigo que, inclusive, havia verificado que nós, os noivos, poderíamos constituir família, sem preocupação de incompatibilidade sanguínea. A partir daí, aprendemos a perdoar qualquer tipo de esquecimento por parte de amigos.

De outra feita, em 1967, o professor B. Sá colocou em polvorosa a minha hipocondria neurótica, com a qual convivo, com altos e baixos, desde 1948. Por volta de abril daquele ano, eu estava na parte baixa dela, por dificuldades econômicas que atravessava, associadas à possibilidade de a Célia, grávida, ter filhos gêmeos, conforme pensara o Dr. Adriano. Essa situação provocara, em mim, crises de dores abdominais tremendas. Em uma dessas crises (que aconteceu quando a Célia já estava no Hospital da Beneficente Portuguesa, convalescendo do nascimento da Ádria), fiz um exame de sangue no Laboratório do Hospital Guadalupe, que ficava no mesmo quarteirão onde nós morávamos, na Praça da República, próximo da Avenida Governador José Malcher. Ao ver que o número de leucócitos era de 16.000, apavorei-me e telefonei para o amigo B. Sá. Quando lhe falei desse número, ele me disse: Bassalo, estás morto. Pálido e sem ação, deixei cair o telefone. Aí, então, meu sogro pegou o telefone e falou com ele e disse a seguinte frase (conforme me lembrou minha cunhada Rosa Maria, que estava presente): B. Sá, meu caboco, me diz o que ele tem. Ouvindo a confirmação da frase que o B. Sá tinha dito a mim, perguntou-lhe o que deveria fazer. Ouviu dele essa preocupante sentença: Nada, apenas esperar e se preparar para o pior. Depois de se refazer desse susto ao tomar um copo com água, sem intervalo, meu sogro telefonou ao seu outro grande amigo, o saudoso Dr. Rainero Maroja, que também tinha um Laboratório de Análises, no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, e pediu-lhe que me fizesse um novo exame. Fui lá, levado por meu cunhado Ronaldo Coelho. Recebeu-me o Dr. Rainero, na porta do Laboratório e já com uma seringa nas mãos. Tirou-me sangue do dedo indicador direito e examinou-o em seu microscópio. Depois de alguns minutos, virou-se para mim, e disse: Bassalo, diga ao meu amigo Machado Coelho que está tudo bem com você. Compreendi, então, que o professor B. Sá havia tido um excessivo zelo comigo, devido a grande amizade que já nutria por mim. Aliás, esse excessivo desvelo pelos amigos, é uma de suas características.

No ano anterior, em 1966, já havia ocorrido uma outra situação relacionando hipocondria e exame de sangue, porém, desta vez, envolvendo o meu sogro e o professor B. Sá. Meu sogro preparava-se para fazer uma operação de hérnia, com o excelente cirurgião, o também amigo Dr. Guilherme Guimarães, sobrinho do Dr. Adriano. Então levei meu sogro ao Laboratório do professor B. Sá para fazer os exames pré-operatórios. Como eles, amigos, não se encontravam há algum tempo, começaram a conversar sobre o Piauí. Terminada a colheita de sangue, fomos para casa. Depois de um certo tempo, toca o telefone. Era o professor B. Sá pedindo que o meu sogro voltasse ao Laboratório, pois, na gostosa conversa que tiveram, havia esquecido de contar o “tempo de coagulação e sangria”. Voltamos ao Laboratório e meu sogro disse-lhe: B. Sá, meu amigo, não me enganes, será que queres uma nova lâmina para confirmar que estou com câncer?. O B. Sá, olhou para seu grande amigo, e disse: Continuas o mesmo Machado, sempre procurando doenças imaginárias em ti.

Registro, agora, algumas cenas inusitadas relacionadas com a aversão do professor B. Sá a qualquer tipo de brincadeira. Ele ministrava aulas, no CEPC, em uma sala tipo anfiteatro, com as carteiras em alturas diferentes. Certo dia de 1961, ele estava dando uma aula para a turma de meu futuro cunhado Ronaldo. Como o professor realizava uma experiência sobre descarga elétricas nos gases, a sala estava escura para que os alunos vissem as radiações luminosas decorrentes dessa descarga. Um colega do Ronaldo, o Paixão, que estava na última fileira das carteiras e junto com outros colegas, gritou: B. Sá, isso é magia negra. Ele, indignado, pediu ao Ronaldo para acender as luzes e, de guarda-chuva em punho, virou-se para o provável local de onde teria vindo a brincadeira, e falou: Seu filho da …., se fores homem te identifica. É claro que o Paixão ficou calado, e a aula continuou.

De outra feita, a brincadeira ocorreu com uma outra turma e nessa mesma sala. B. Sá estava realizando outra experiência sobre a mistura de substâncias químicas. Dessa mistura, resultava a formação de gases coloridos. Ao ver esse espetáculo, um de seus auxiliares, vira-se para ele e diz: Professor B. Sá, que bonita fumaça está saindo. Ele, imediatamente, retrucou: Isso não é fumaça, são gases, seu burro!.

Agora, vou relatar um episódio que presenciei. Conforme disse acima, professor B. Sá e eu dávamos aulas de uma até as quatro horas da tarde. Assim, saíamos juntos: ele ia para o seu Laboratório e eu para a Escola de Engenharia, que se localizava na Travessa Campos Sales com a Rua Senador Manoel Barata, rua na qual, conforme falei anteriormente, ficava seu Laboratório. Um determinado dia, quando estávamos saindo do prédio do CEPC, uns alunos, escondidos em uma das salas da parte de cima do prédio, começaram a cantar uma paródia de uma música que estava na “onda”, cuja letra mandava um professor pensar. Assim, de seu esconderijo, eles cantavam: B. Sá, professor B. Sá. Indignado, apesar de eu lhe pedir para continuarmos andando, voltou-se à frente do Colégio e começou a xingar os alunos com palavrões. Aí, então, apareceu o Diretor do CEPC, o saudoso professor Hélio Mokarzel, pedindo calma ao B. Sá. Este, ainda mais indignado por ver que o Diretor não estava repreendendo os alunos, disse-lhe: Calma coisa nenhuma Mokarzel, tu és o responsável por essa anarquia. É claro que os ânimos logo serenaram, e pudemos, ele e eu, seguir para os nossos destinos.

O meu estimado amigo B. Sá, aposentou-se em 1968, do CEPC, dois anos depois que deixei de ensinar nesse Colégio. Apesar disso, continuamos a nossa amizade. No princípio, ela era reforçada apenas em encontros casuais na rua; depois, em visitas periódicas que eu fazia à sua casa. Aliás, em um daqueles encontros, aconteceu uma cena inusitada. Em 1974, eu me preparava para fazer o Doutoramento na França. Como morava com meu sogro, havíamos decidido que iríamos juntos para a França: Célia, eu, meus dois filhos (Jô e Ádria), meu sogro e minha sogra Dona Celina. Pelo fato de, por essa época, meu sogro estar trabalhando com o Dr. Aloysio da Costa Chaves, então Governador do Estado do Pará, certamente contribuiu para que a viagem fosse divulgada pela mídia.

Em vista disso, um certo dia de 1974, encontrei-me com o professor B. Sá, carregando seu inseparável guarda chuva, na Avenida Presidente Vargas, junto ao prédio do clube Assembléia Paraense. Ele me deteve e disse: Bassalo, li nos jornais que vais para a França. Não faça isso, pois o Mitterand vai ganhar a eleição e nunca mais poderás voltar para o Brasil. É oportuno registrar que François Mitterand só se tornou o primeiro Presidente Socialista Francês, em 1981. Registro ainda que, como acontecera em 1972 (quando tentei fazer o Mestrado, também na França), o Serviço Nacional de Informações (SNI) impediu-me de viajar para o exterior.

As visitas caseiras que fiz ao professor B. Sá (algumas vezes com o professor Serra), foram bastante estimulantes para mim, pois ele sempre falava em assuntos científicos atuais, que havia lido em livros e revistas especializadas que ele próprio comprava, ou que seus filhos Tatiana [engenheira-agrônoma pesquisadora e atual Diretora-Executiva da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)] e Leonardo [geofísico-pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)] compravam para ele. Essas conversas científicas sempre eram entremeadas com questionamentos sobre as políticas internacional, nacional e regional, tendo o comunismo como prioridade. Algumas vezes, nessas conversas havia lances inusitados. Certa feita, em sua casa da Vila Bolonha (que adquirira com o dinheiro ganho de um bilhete de loteria), ele pediu a sua saudosa esposa Dolly, que me servisse um pouco de sorvete. Como eu recusei, pois não tomava sorvete por causa da minha hipocondria (tinha medo de ficar tuberculoso), ele virou-se para ela, e disse: Dolly, o Bassalo tem medo de ser envenenado por nós. Ela, envergonhada, falou apenas o seguinte: Professor Bassalo não leve isso a sério, o B. Sá está apenas brincando com o senhor.

De outra feita, agora no seu apartamento na Travessa Vileta, próximo da Avenida Pedro Miranda, falávamos sobre o fim do comunismo soviético, patrocinado pelo Presidente Mikhail Gorbachev, em 1991. Ele foi curto e grosso: Bassalo, o Gorbachev é um bom filho da …., pois acabou com o comunismo na União Soviética.

Na conclusão dessas reminiscências a respeito de nossa amizade, é oportuno registrar mais uma cena típica de B. Sá e sua postura pessimista. Em 1998, eu e o meu estimado amigo professor Paulo de Tarso Santos Alencar, iniciamos um projeto que visa publicar as Teses de Cátedras defendidas no CEPC e na então Escola Normal do Pará, entre as décadas de 1920 e 1950, sob o patrocínio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará (SECTAM). Como B. Sá havia defendido sua Tese, em 1947, pedi-lhe um exemplar para que pudéssemos publicá-la. Ele então me disse: Bassalo, o que queres é me desmoralizar, pois sabes que ela já está desatualizada. Tentei convencê-lo a me entregar a Tese dizendo-lhe que, até então, ela era bastante atual. E mais ainda, disse-lhe que o objetivo de nosso projeto, além de homenagear os professores do ensino médio público, era o de mostrar que esse ensino, no Pará (e também no Brasil), na primeira metade do século XX, era bastante sério, pois seus professores faziam concurso público, com defesa de Tese, para o exercício do magistério. Não o convenci. Ele, contudo, permitia que a publicação da Tese fosse feita, desde que eu encontrasse um outro exemplar. Como não conseguia encontrá-lo em Belém, apelei, então, para sua mulher Dolly, e pedi-lhe que conseguisse o exemplar para mim. Como ela era apaixonada por ele e também o venerava, disse-me: Professor Bassalo, desculpe-me, eu não posso fazer isso com o meu B. Sá.

Em virtude disso, Paulo e eu continuamos o nosso projeto publicando outras Teses, sendo seis, até o momento: Rui da Silveira Britto (Matemática), Francisco Paulo do Nascimento Mendes (Literatura), Maria Anunciada Ramos Chaves (História do Brasil), Maria Amélia Ferro e Souza (Geografia Geral), Pedro Amazonas Pedroso (História Natural) e Aloysio da Costa Chaves (Geografia do Brasil). Felizmente, no começo de 2004, minha mulher Célia, arrumando a biblioteca do saudoso amigo Paulo Mendes, que lhe fora doada depois de sua morte por sua irmã Maria Anunciada (“Nunci”), encontrou um exemplar da Tese do professor B. Sá. E é esta que está agora sendo editada, graças ao trabalho de sete de seus numerosos amigos: os químicos Serra, Clodoaldo (Presidente do Conselho Estadual de Cultura), Luiz Acácio Cordeiro Centeno (Diretor-Presidente da FADESP) e Cláudio Cavalcanti Ribeiro (Secretário-Executivo da SECTAM); o geólogo Gabriel Guerreiro (Secretário de Estado da SECTAM); e os físicos Paulo de Tarso e Bassalo (professores da UFPA). Destes, apenas Clodoaldo, Gabriel e Paulo de Tarso foram seus alunos no CEPC.

Infelizmente, depois da morte brusca de sua mulher, em fevereiro de 2000, o professor B. Sá tem evitado visitas em sua casa. Hoje, conversamos apenas por telefone.