O BINÔMIO EDUCAÇÃO-DESENVOLVIMENTO DO PARÁ

Para haver uma mudança de paradigma no binômio Educação-Desenvolvimento do Pará é necessário, no meu entendimento, um Projeto de Estado  que envolva a formação de alunos, professores e profissionais com um suporte filosófico (para compreender como aconteceu o desenvolvimento de países avançados), visando o crescimento do Pará. Para isso, será necessário recriar o Colégio Estadual “Paes de Carvalho” (CEPC) com uma função dupla: ministrar o ensino médio e formar professores para esse ensino. Inicialmente, deve ser criado um Corpo Docente com carreira bem determinada [Assistente (Bacharel); Adjunto (Mestre); Associado (Doutor); Titular (Doutor e Defesa de um Memorial Descrito relatando suas Atividades de Ensino e Pesquisa)], por intermédio de Concursos Públicos [os três primeiros com a obrigação de ministrar uma Aula (que demonstre criatividade do autor) sorteada entre 10 temas: se houver empate, a escolha será pelo melhor CV]. Esse Corpo Docente seria obrigado a ministrar aulas para o Curso Médio, assim como a preparação de professores por intermédio de Cursos que envolveriam conteúdo e seu aspecto filosófico. A complementação desse binômio será realizada pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), que preparará também professores para o Ensino Superior, e por um futuro Instituto de Ciência e Tecnologia da Amazônia (ICTA) que formará profissionais tendo em vista o entendimento e a solução dos problemas amazônicos, cujas condições de contorno são autóctones e, portanto, não podem ser copiadas (transferidas) de outras regiões. É claro que os salários desses novos mentores-binomiais devem ser compatíveis com a dignidade humana jurídica. Por fim, o papel da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA) será fundamental, com a complementação salarial e financiamento de projetos relacionados ao desenvolvimento do Pará.

 

Nota: Este artigo foi publicado no Diário do Pará (07/04/2014)

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